segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Fantasmas

Entram pela janela
Assobiando seu canto
Espalhando-se por toda parte

Invadem
Destroem com suas canções tristes
Rememoram as notícias que retornam
Junto a seu suspiro

Entram...
E entram sempre pela tarde
Quando as janelas se abrem e o sol se põe
Quando os olhos se rebaixam tristes
Cansados de mendigarem todo um dia
À procura de outros ruídos
Que ocupem o espaço desse medo
Que vem branco e sufocante invadir o quarto inteiro
Único e solo
Escuro e quieto

Marina Cangussu F. Salomão

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