segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Frescor

Saudade dessa chuva de verão
Com meu corpo deitado sobre a rede
Estendida na varanda
Sentindo respingos aventurar-se até mim

Saudade desse calor fresco
Como véu cinza à minha frente
Escondendo o colorido da estação

Saudade do homem de pé
Acompanhado de seu cão
A observar

Saudade de aprender com ele que a chuva é linda
E deixá-la entrar pelas janelas
Todas abertas, repletas de frescor

Saudade de rodopiar a saia na sala
Junto ao vento frio que a penetra

Saudade de sentir a casa nova
Como menina.

Marina Cangussu F. Salomão

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