Começava aquela carta escrita
Que ia junto de tantas outras
Empilhar-se na despensa:
Eram coleções de dores sem rancores
Aquele entulho de amores
Já sem flores, sem cores
Horrores.
Um dia, dizia, abriria uma franquia
Em que se faria, por telepatia
A entrega só do que permanecia
Sem alforria.
E seria a liberdade com vontade,
Daquele tanto de vida sem novidade
Que iria sem maldade
Viver sem ter idade
Pois o amor
Merece o fulgor, de viver em calor
Apreciando o torpor
De não saber onde se por
Quando se está livre
Marina Cangussu F. Salomão
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