Na rua principal dessas cidades pequenas que estão no interior,
Meio perdidas da memória e do louvor.
Uma árvore aqui e outra acolá
O sol alto queimando a pele.
E vai-se indo passo por passo nessa rua
Que a princípio parece tão longa e tão pouco larga.
Enquanto ela mostra quão viva pode ser na pacatisse:
Para o passante quando vem a sombra de uma árvore pequenina,
Se afolga o passo, lentifica a vista.
Mas quando só sol sobre o espinhaço,
Se apressa, acelera e incendeia as canelas.
Mas sempre: seja menino na bicicleta, seja senhora seguindo a missa
Sempre se chega no final.
Marina Cangussu F. Salomão
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