quinta-feira, 30 de julho de 2015

Alívio

Sinto alívio.
Essa é a palavra.
Por correr tantos metros e sentir a mim mesma em minha pele. Eu voltei. Voltei a me encontrar.
E não muito perdida, devo dizer. Foram tantas viagens, tantos cenários e cenas, que perder-me no labirinto de vidas era algo fácil, ainda mais se acrescido ao labirinto de meus pensamentos.
_Sim! eu encontrei o motivo dessa palavra aparecer em meus poemas: 
Não era a vida que se enrolava em si mesma afim de fazer-me perder, mas eu desdobrava meus pensamentos e amassava-os embolados em um jorro de sentimentos, que juntos se confundiam com um caminho perdido com várias opções sem saída.
Porém agora, após distâncias e novidades, pude perceber a minha pele viva e pulsante em meio ao meu labirinto criado. E depois disso foi fácil encontrar um caminho não reto, nem labiríntico, apenas tortuoso. Afinal, "perfection is boring", então melhor colocar adrenalina em penhascos, sofrimento em demoras ou curvas e muita felicidade no percurso. Um pouco clichê, eu sei. Mas acredite: verdade.
(Mas não me preocupo, mesmo este texto não deve ser perfeito, para não ficar tão chato.)
Só queria dizer que eu me encontrei em minha própria corpo. Aqui sedenta de mim mesma. Sedenta de ouvir-me e sentir-me. Sedenta de aceitar-me.

Marina Cangussu F. Salomão

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