quinta-feira, 30 de julho de 2015

Punição

Vou castigá-lo
Como me castiga em minhas horas de espera
Por fazer-me acreditar em promessas
E fazer-me confiar-lhe segredos

Vou castigá-lo
Por permitir-me sorrir 
Ao deparar com tua respiração profunda e cansada
Com o seu corpo jogado e pesado ao meu lado

Vou castigá-lo
Por nunca envolver-me embalada
Toda uma noite de sono
Mas estar presente em todo o meu sonho

Vou castigá-lo
Amarrá-lo
Acorrentá-lo.

Como faço a mim,
Assim boba me entregando.

Marina Cangussu F. Salomão

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