sábado, 12 de dezembro de 2015

Descaso

Foi o encontro do destino com o acaso
Ou o desencontro
Ou tanto faz.
Sei apenas que os trilhos ficaram soltos, 
Sem respostas ou decisões.
As escolhas sumiram e a vida ficou perdida
Num emaranhado de situações.
E sem saber onde passar
E sem saber se vai ficar,
As pernas andaram em hora ou passo exato
Ou errado. Ou de fato
Desataram sem caminhos, sem rumo para a razão.
E não era a vazão,
Porque a retidão era tão rara
Que da leveza não havia o que evadir.
Eram simplesmente corpos deixando as energias de guias falarem por si.
Era descaso com a vida 
Ou algum tópico dela.
Era deixar-se fluir
Ou talvez ebulir.
Era o destino e o acaso casados entre si.

Era o descaso
Formando encruzilhadas.


Marina Cangussu F. Salomão

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