Subiu o mais alto da frace da terra
Na surdina do amanhacê
Pegô librina e moiou no aruvaio
Num teve reza pra se aquecê
Barreu a istrada inteira
Até a derradeira preda
Nas fôia de aruvaiêra
Até levô uma queda
Lá pra iscurê
Oiô o camim pelo gaio
Baxô os arqueado
E o minino do cangaio:
'Maria valeiro que me dê cabiceiro
Pras noite de arubu
Iscura disfeita de lun-a
Qui vai certera nos rumo do su.
Pois nessa istrada sem pedrest
Passa caval sem as frace
Passa cobra e assumbrace
Mas num passa um cigâ-n num disfrace.
Valei-me Deus as perna guentá
Sem rumb e sem agasai
Subi uma subida dessas
Todo santo dia de trabai
E é muit sufriment
Num tem um gent que guent
A vida sufrida de meu temp'
Marina Cangussu F. Salomão
Dona Laura é profunda e intensa
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