Sem pertinência
Mas sem desajeito
Nunca tive repetência
Ou fiquei no malfeito
Sou poeta de nascença
Nasci marcada no meio termo,
Meio que a ermo
Na mancha café-com-leite
Sem enfeite
Do braço esquerdo
Sou poeta de nascença
Sem reticência
Alguns asteriscos, outras vogais
Vim assim sem licença
Sem consultar os anais
Sou poeta de nascença
E de nascença nasci sem crença
Nasci sem rumo
Ou sem pardais
Os que voaram foram gaivotas
Diante os pantanais.
Marina Cangussu F. Salomão
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