Aquele beijo. Aquele cheiro, a textura.
Aquele menino que eu desfazia a armadura.
Quero poder voltar e sentir vagarosamente tudo aquilo
Sentir a vergonha de despir-me a primeira vez em tua frente
Ou a incerteza de te ter a tarde inteira assim pendente
Ou quando não me aborrecia a tua presença ou distância
E pouco me importavam suas histórias de infância
Quando você me procurava bem carente
E a mim não mudava ser atriz ou ser cedente.
Ah se soubesse a dor que me causa
Não poder olhar por tempos infinitos dentro de teus olhos
À procura de tua alma
Onde eu encontrava a calma de amá-lo
Assim inteiramente, sem restrições
Sem ligar para o que diziam tuas canções
Se soubesse da tristeza de não poder tocar cada centímetro de teu corpo
E apoderar-me daquele prazer
Que só vem de ti e de meu eu torpo
Ah se soubesse como eu queria
Apoderar-me completamente daquele ser
E ter-te simples sem entardecer.
Marina Cangussu F. Salomão
Nenhum comentário:
Postar um comentário