Que me invade por não saber onde encontrar calor
E ocupa-me o vazio
Que deixaram ou que andam deixando
Tentando ocupar cada centímetro do que há aqui dentro
Porque em mim sempre cabem inundações e derramamento.
Mas é estranho esse olhar sem brilho
Esse vagar em ruas sem sorrisos
Eu nasci para fervilhar em desejo
Chorar desesperadamente pela loucura.
Eu nasci para dizer que amo
A quem estiver disposto a escutar.
Nasci para deixar meu turbilhão invadir
Evadir e vadiar.
Ah! Eu sou dessas loucas que ninguém quer por perto
Mas que também não conseguem conter
E quando vejo já estou lá: gemendo de prazer
_Que nem sempre é sexual, amigo,
Só prazer mesmo.
Marina Cangussu F. Salomão
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