Desenha-se o menino exagerado
Na frente pouco iluminada de algumas velas
A sombra o delineia nada fiel:
São tão belos seus traços
Seus abraços e seus encantos
O menino certeiro que vive pelos cantos
É tão sórdido e tão mórbido no cansaço
Mas envolto em mantos: atroz e feroz no regaço
É o menino que vem ao meu espaço.
De sua sombra caminhante retumbo seus limites
E sou incapaz de delineá-lo ou alcançá-lo
Vejo apenas quão grande subtrai seu ser.
Marina Cangussu F. Salomão
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