Algum dia sonharam ou pelo menos relampearam o que se tornariam
Se como menina pequena deslumbrei um não ser rainha ou princesa
Nem ter muita delicadeza no divagar sobre a verdade.
Porque era tão doce aquela menina
Tão sutil e pequenina
Que os vestidos rodados eram seus sonhos
Os bordados, os recados. E amores.
E de súbito: continuam os vestidos, assim soltos, sem tato.
E continuam os amores, que hoje são fatos.
Resta saber dos restos..
Mas não importa quem eu era e quem eu sou
Já que tenho mil estórias justificadas por onde a vida debruçou
Eu quero é quem eu era naquele futuro do pretérito
Quem eu seria
Se algum dia adormeceria no decrépito
Marina Cangussu F. Salomão
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