domingo, 13 de julho de 2014

Futuro do pretérito passado

As vezes me questiono se aquelas letras iniciantes rabiscadas
Algum dia sonharam ou pelo menos relampearam o que se tornariam
Se como menina pequena deslumbrei um não ser rainha ou princesa
Nem ter muita delicadeza no divagar sobre a verdade.

Porque era tão doce aquela menina 
Tão sutil e pequenina
Que os vestidos rodados eram seus sonhos
Os bordados, os recados. E amores.

E de súbito: continuam os vestidos, assim soltos, sem tato.
E continuam os amores, que hoje são fatos.
Resta saber dos restos..

Mas não importa quem eu era e quem eu sou
Já que tenho mil estórias justificadas por onde a vida debruçou
Eu quero é quem eu era naquele futuro do pretérito

Quem eu seria
Se algum dia adormeceria no decrépito


Marina Cangussu F. Salomão

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