terça-feira, 29 de julho de 2014

Pedaços

É estranha essa vida de pedaços
Que se recheiam mutuamente em varal sem laços
E já nem sabe-se mais o que pendura no esquecimento
Ou se pendura detrás dos tantos muros de arrependimento

Mas em algum segundo todos os pedaços desfilarão
Um a um sem norma ou sequência de padrão
Apenas sorriem como se delicados
Ou debocham mal encarados

E terá de vê-los com olhos, almas ou cores
E terá de tocá-los mesmo sem dispersores
Pois terá de senti-los mesmo com dores

Marina Cangussu F. Salomão

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