Quando acordei no meio da neve,
Que ela caía apenas
Porque meus sentimentos haviam congelado
Dentro de mim.
E de tão frio,
Se precipitaram pesados
E me invadiram o quarto
(e a vida).
Mas, que mal tem?
_ perguntei aos que me julgaram.
Se meus sentimentos ao final
Não ficaram suspensos em um céu cinza
De atmosfera pesada.
Pelo contrário,
Eles precipitaram sem a pressa
De virem antes do tempo.
E permitiram em flocos de neve
Uma queda mais branda.
Que mal tem descer em neve clara,
Leve e suave,
Ainda que fria.
E se derreter junto ao sal ou ao sol?
E já era fim de inverno de qualquer maneira.
Então, porque não deixar-se precipitar sem pressa,
Branca e suave
E permitir-se derreter ao chão
E tornar-se fluido nos primeiros brilhos que te sorrirem...
Bem, foi isso o que fiz.
Marina Cangussu F. Salomão
Nenhum comentário:
Postar um comentário