Quando andava naquele chão desconhecido,
Permitia ao meu corpo
Levar-se por entre seus relevos
Variados entre sombras e quente.
E em passos descobertos
Seguia em pernas que não se sentiam:
Entre flutuar e vacilar,
Mas insistiam em pisar,
Marcavam aquele chão anônimo e amarelo,
Compactava seu solo e seus grãos.
Porém não eram só meus pés,
Mas diferentes passos,
Deslizando em distintas pedras,
Com seu próprio tamanho, largura e peso
E pisavam ora tortos ora retos.
Ora vagos, ora concretos.
E em passos idos e voltados
O chão também me pisava em sua força reversa
E seu peso incidia, enchia.
Era mais em mim que eu nele.
Mais meus sedimetos compactados
Mais erosado, mais devastado.
Marina Cangussu F. Salomão
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