quinta-feira, 13 de junho de 2013

Loki

Um magano arruaceiro
Magnânimo de aldeia
Um boto inzoneiro
De Malabar salteia

Saltibando ignoto
De sonho imaginário
Trazia preso num arroto
Um idílio campanário

Bólide luminoso desembarca
Em embarcação sem buiúna
Sem freio, sem alma e sem carta
Traz consigo apenas segredo

Magano desperto em rodeio
Sem piastra e sem rumo
Em capa negra de terciopelo
Mais parece um soturno

Em quimera de quermesse
Avistado com fomento
Teu encanto me aquece
Meu olhar destroça imponente

Zíngaro de caminhar noturno
Em versos madrigais encanta
Por onde passa em teu coturno
O coração alardeia

Aquele que vem com iole pelo arroio
Secreto meteoro de céu marinho
Venha à jusante onde é seu ninho
Me encontre neste bogari de passarinho

Marina Cangussu F. Salomão

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