Um magano arruaceiro
Magnânimo de aldeia
Um boto inzoneiro
De Malabar salteia
Saltibando ignoto
De sonho imaginário
Trazia preso num arroto
Um idílio campanário
Bólide luminoso desembarca
Em embarcação sem buiúna
Sem freio, sem alma e sem carta
Traz consigo apenas segredo
Magano desperto em rodeio
Sem piastra e sem rumo
Em capa negra de terciopelo
Mais parece um soturno
Em quimera de quermesse
Avistado com fomento
Teu encanto me aquece
Meu olhar destroça imponente
Zíngaro de caminhar noturno
Em versos madrigais encanta
Por onde passa em teu coturno
O coração alardeia
Aquele que vem com iole pelo arroio
Secreto meteoro de céu marinho
Venha à jusante onde é seu ninho
Me encontre neste bogari de passarinho
Marina Cangussu F. Salomão
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