Para Adson EGS
Há quem diga que os remos são como peixes afobados,
desesperados pela pressa do sem sentido.
Sem rugido e sem entrega.
Afinal, para que o remo se as portas virão cada uma à sua vez.
Cada uma uma vez.
Se não para para boiar,
todas as molduras passarão.
Sem direito a voltas.
Sem direito a vistas.
Porque a correnteza já se foi.
E o cardume também mudou.
Se não contempla,
nada terá o gosto do eterno.
Do etéreo eternizado:
essa mágica sagrada do instante.
Essa marcha sagrada do passante.
Marina Cangussu F. Salomão
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