Andar uns passos com os pés no chão,
massageando o corpo inteiro
nas pedrinhas mansas da estrada.
E por cima um sol que racha.
E vai-se:
Um, dois, três quilômetros.
Uma sombra verde.
Quatro.
Um café em copo de esmalte.
Cinco, seis.
Uma água trincando descendo a ladeira de pedras.
Em seguida lama, isca, pescar.
O sol já arde as costas.
Nem longe um suspiro.
Talvez um peixe pulou na água.
Não seria sapo?!
Um grilinho inocente e essas moscas chatas.
Uma libélula.
Um cavaleiro daqueles que voam.
Outro peixe pulou na água, veio lá da taboa.
Foi o vento.
Uma borboleta: tão intensa, vive um dia.
Ixe! Agora é maribondo.
E as minhocas fugindo da lata.
Lá de longe me gritam umas panelas
avisando o almoço.
Deve ser um sinal universal.
Nas pernas pura terra,
sacode mas não dá jeito.
Um sabão e uma toalha
e na água aqui de fora da bica outra massagem.
Ela vem quentinha descendo com o sol.
Êta! Bate de cabeça inteira.
Enxuga.
Um prato de maxixe, torresmo, arroz e feijão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário