Retratando e perseguindo-a
Em seu voo rodopiante
E triste:
Sem rota
Sem fuga
E sem chão.
Tantos espelhos
Refletindo seu corpo
Longo e fino
Desengonçado e torto
Que já confunde a própria imagem
O horizonte e o fim
E bêbada de si
Cai
Desmancha-se em chão enlodado
E então nada em qualquer direção
Com suas asas enlameadas
Na nova podridão infinita
Em mendigar incessante
Repugnante
E triste
Marina Cangussu F. Salomão
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