segunda-feira, 5 de junho de 2017

Plenitude no amor

Hoje pela manhã vivi um momento de plenitude no amor
E acreditei ser importante descrevê-lo:


Era por volta das sete,
Aquele momento em que o dia amanhece
E os pássaros acordam,
Tão excitados e felizes,
Que o meu despertar é certo.
Meu e de meu amor.

E na frescura  da manhã, a rede nos chamou a balançar levemente
No ritmo das vibrações da vida.

Então no céu ainda branco do orvalho denso da noite
Havia um frio ameno, que so esfriava para permitir abraços
E enquando se desfazia a névoa,
Se coloria o olhar de araras verdes, em sua maioria.
Tão verdes quanto a copa das árvores que rodeavam o quintal da varanda    
E já não se sabia se verde de folha ou verde de pássaros​,
Porque até o movimentar era constante.
Só o som, que preferiu entrar pelos ouvidos e não pelos olhos,
Dava conta de somar as existências.

Era um encanto no céu
Melhor que qualquer paraíso.
Já aqui na terra os pequenos mosquitos que atentam os cachorros
Resolveram rodear nossa rede.
E mesmo eles eram bem vindos,
Magicamente exatos no balançar da cama.
Capaz que são atraídos pelo amor:
Amor do cão: incomparável incondicional inesgotável
E o amor da rede: dos dois pés nus 
Se acariciando lentamente como algo corriqueiro.

Ah natureza bendita. O que mais quero?

Marina Cangussu F. Salomão