E teus sons ecoaram pela existência
O não consumiu-me as primícias
Essa palavra acompanhou-me
E sonorizou-se para o futuro natural:
Para a normalidade marxista
Outra vez sobressaiu-se
E rejeitou o que me vinha
E qualquer mudança determinista
Mais velha retornou
Sem perder o dom de desapontamento
E afastou-me do teatro diário e contratual
No fim de tudo ela apareceu-me tão linda
Que não resisti aos seus encantos
E neguei a morte eterna
Mas pronunciá-la não é qualquer encenação
Requer forçar-se à dor do desgaste
Do onírico desejo.
Marina Cangussu F. Salomão
Nenhum comentário:
Postar um comentário