Redecorando a sóbria parede do quarto sombrio
De costas não veriam com seus pequenos óculos
O que no meio do quarto se construía
E só no final os viraria
Sem entender
Se aqui
Ou no outro
Ainda tinham vistas
Ou se as grandes asas abertas coloridas
Cresceram só sem sua inveja e sua vontade inquietante
E aprenderam a saltitar em sua própria áurea clarinante
Em tilintos sem casulo e sem estrelas no noturno
Marina Cangussu F. Salomão
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