segunda-feira, 13 de abril de 2015

Café-da-tarde

Estava sentada a moça
Contemplando a tarde amarelada
Sentada em banco de seu quintal
Estava lá só e meio triste
Olhar distante e perdido

Ia observando o movimentar da vida
O ajeitar de pequenos seres
E como se compunham tão vivos em poucas gretas

E via subir formigas pelos tijolos
Abandonados e enlodados
Carregando outro inseto para o jantar.
Via também algumas moscas
Zumbindo as flores
Pedindo algo para alimentar.

E sentia o vento movimentar
O verde e o colorido daquela cena
Trazendo o cheiro doce de café-da-tarde
Que entrava-lhe tão familiar

Então a moça sorriu
Era simples a vida
Seu momento de fartar.

Marina Cangussu F. Salomão

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