sábado, 21 de julho de 2012

O vento no morro

Via tudo se desmoronando 
Vagarosamente
Como um barranco
A perder grãos
E por vezes
Pequenas pedras
De composição.
Assim via,
Cada pedra se soltar
E rumar-se
Para qualquer outro lugar
Que não o desenho
Guardado entre os passados
Do que era seu.
Era capaz de ver
Até aquele vento
Se aproximando
Ainda longe
Para levar de um sopro
Tanta areia e tanta terra.
E já via a poeira
Sendo levada
Como simples insignificado
Para tão distante
Que suas mãos
Não alcançavam
Nem no maior esforço e berro
De se rasgar
Partir e perder
Mais solo
Para ter de volta
O que não segurara
Não molhara
Para ter mais liga
E ficar mais próximo.




Marina Cangussu F. Salomão

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