segunda-feira, 2 de julho de 2012

A perda dos apressados

Quem me dera ser como estes
A sentar pelos bancos
Para conversar,
Olhar,
Contemplar.
E assim ver-se indo
Sem domínio ou tempo!
_Ou dominaria mais
O girar da sombra dos apressados,
Mais que os próprios rápidos
Que não se veem.
E quem me dera um dia,
Com meus grisalhos pelo vento,
Poder sentir o suor daqueles
Que hoje não vejo por ser eu.
E descrevê-los
Lentamente
Em pressa
E em perda.


Marina Cangussu F. Salomão

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