sábado, 23 de fevereiro de 2013

Marrocos

És tão árido em todas as tuas camadas sedentas
Despedaçadas entre mil migalhas
Sujas empoeiradas solas
E tantos extratos visivelmente possíveis
Intocáveis em altura ou distância

És tão árido e tão secreto
Em diferentes formas iguais
Escondido entre suas cores únicas e uma só 

Tão o mesmo longe 
Mas cada um em sua escultura lapidada pelo vento
Ou pela água ou pelo quente 
E tanto frio

Sois tantos
Tão delicados em toda rugidez
Entre tantas rugas e curvas secas
Escondidas na tradição de serem assim:
Simples simplesmente

Entre o cítrico e o seco
O quente e o coberto
E descoberto na carência de tanta companhia

Marina Cangussu F. Salomão

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