quarta-feira, 4 de junho de 2014

Tardes de meios

O tempo parou estranhamente
Como a minha alma
Neste meio de tarde
De chuva mansa que não molha
Em painel amarelo ocre intenso
Sem intensidade
Meio perplexo
Sorrateiramente sem reação
Como se o dia houvesse suspendido seu tempo
E a si mesmo
Sem dádiva ou reclusão
Apenas monotonado 
Apenas encarcerado
Na paralisação.

Marina Cangussu F. Salomão

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