quarta-feira, 27 de julho de 2016

Das coisas de pouco fluxo

Tanta coisa se deixa entrar sem permissão
Uma simples curiosidade
Um rancor, uma saudade
Ou então alguma música.
Outro amor. A fumaça.

E entram dores e perdem cores
Entram também alguns odores:
Às vezes bem-vindos
Já outros com nariz franzindo

E tanta coisa se deixa ficar na expulsão
Uma lembrança, uma memória
Uns sonhos, uma história

De outras vezes vem a tipoia, o gesso, a muleta

Tanta coisa vem e fica por um tempo
Enquanto outras não nos abandonam nem com o vento
Ah! Essas coisas sedentárias
Às vezes queria antes a vazão.

Marina Cangussu F. Salomão

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