Atravessando a greta da janela ao fugir da cortina,
Ilumina minhas flores sem pétalas de meio de primavera
E me diz o quão aconchegante pode ser
Deitar-se sola em uma tarde de chuva,
Enquanto o mundo lá fora faz mil planos
Enquanto alguns viajam, outros trabalham
E muitos preocupam-se com a própria imagem,
Eu me jogo na cama descabelada,
Pensando no quão singelo esses momentos solitários me são:
Assim delicados e passivos, no seu deixar ir-se,
Passando vagarosamente pelo infinito de sensações
Que me acalma e me encontra
Me faz encontrar a mim mesma na essência de minhas cores
E organização de meu quarto:
Como meus livros na prateleira.
Então digo em pensamento:
É chegada a solitária marina,
Em suas miríades de pensamentos primaveris.
Marina Cangussu F. Salomão
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