Mundo que afoga
Na espuma da ressaca
De ondas inquebrantáveis
Tenho medo deste mundo
Mundo que despedaça
Cada mísera construção
De desejo ilusório de compaixão
Tenho medo deste mundo
Mundo que escorrega
Pequenas lágrimas de pranto
Pelas faces inocentes
Se permite que te peço
Leve-me para o campo infantil
Dos sonhos que povoam a noite
Retire meu corpo dessas brasas
Abrande a destruição de meus anseios
Poupe toda pureza de minha alma.
Marina Cangussu F. Salomão
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