sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Deste mundo

Tenho medo deste mundo
Mundo que afoga
Na espuma da ressaca
De ondas inquebrantáveis


Tenho medo deste mundo
Mundo que despedaça
Cada mísera construção
De desejo ilusório de compaixão


Tenho medo deste mundo
Mundo que escorrega
Pequenas lágrimas de pranto
Pelas faces inocentes


Se permite que te peço
Leve-me para o campo infantil
Dos sonhos que povoam a noite


Retire meu corpo dessas brasas
Abrande a destruição de meus anseios
Poupe toda pureza de minha alma.


Marina Cangussu F. Salomão

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