Transbordados.
Eram chamados postergados. Adiados para quando pudesse viver sem normas e horários.
Enquanto no outro pote, um só, acumulava e esvaziava os afazeres, os de todo dia e toda hora: os Áridos.
Quentes e secos.
Como suas palavras e seus minutos (cheios).
Porque os outros Tempos viviam guardados, esperando a desistência do medo para brilharem na desabarrotância.
Marina Cangussu F. Salomão
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