Calmo e tranquilo com gotas nas águas
De um verde simples e definido
Calmo
Dizendo se morre ou apascentando o vive
Tão calmo e passivo
Que sinto o que me transformara
Na rapidez de teus dias
Rodando estonteante
Nas luzes velozes de tua loucura
Que gira absorta e trépida
À espera do fugaz momento
Pra tomar-te deveras
E fazer-te escotomas cintilantes
Brilhando apenas em instantes
E se perdendo
Lá poria a música em algum lado para dançá-la
Mas nem se quer nota que tocava
E é incapaz de dançar os passos ensaiados
Incapaz de tê-los em ritmos
Porque brilhas demasiado ou nada.
E só hoje vê-se o teu baseado
No mais fino espiral
Contrapondo a fragilidade que se retira.
De onde vens, diga-me?
Tua luxuria por entre pedras
Tua soberba em teus caminhos
Tuas vozes todas gritando mil sons
Mas onde encontras
Como chegastes e por onde vieras?
Vê-se ainda que definhas
Se perde e some em teu incontrolado
Marina Cangussu F. Salomão
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