terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Olhos altivos no chão


Sustentavam-se de seus castelos derrocados
Destruídos em amarelo cinza cor de terra
E iam rastejando altivos em sua poeira árida
Lambendo todo o pó na ânsia de ser ouro

Revestiam-se daquela ilusão contentados com o desenlace
E o único que erguiam da imobilidade eram os olhos
Para não ver o chão tão perto e tão podre
Sob seu rastro de perfeita hipocrisia

Marina Cangussu F. Salomão

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