quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Ignorância

Olhava os dias eternos
Os laços jogados para o ar
Mínimos cuidados atentos
O sono de olhos abertos
Sempre em sinal de alerta
Ninguém... Ninguém.


Olhava os medos e desencantos
As tardes de aflição desolada
Unhas esmaltadas roídas
Papéis borrados de desconexões
Molhados e vermelhos
Ninguém... Ninguém.


Olhava a desconfiança acirrada
Pequenos detalhes presentes
Os vestidos de lado
A hipocrisia escancarada
Motivada pelo desespero
Ninguém... Ninguém.


Este é o preço pago
À ignorância verbalizada
Ao fascínio pela ilusão
À não admissão de si
Na verdade era apenas
Saudade... Saudade.


Marina Cangussu F. Salomão

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