Para onde me levaria?
Um lugar longe da desconstrução
Longe desse peso que oprime
Desculpe: negaria-te três vezes
Negaria pelo medo.
É esta maldição, afinal
Não é preciso ser sempre igual
O peito comprime-se mais
Porque os olhos veem
A tanto tempo tudo isso
Não é preciso ser sempre igual
As escolhas repetem os fatos
Desculpo-me: negaria-te três vezes
Não por falta de amor
Mas pela presença da aflição.
Quero fugir agora,
Mas não poderá me levar, Barquinho.
Marina Cangussu F. Salomão
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