Vejo em quadros pintados pelos novos olhos
Todo um passado que há muito quis esquecer
São os mesmos quadros da emburrada infância
Que os olhos velhos mal sabiam admirar
É a mesma sensação estranha de fim
Lembro-me quando disseram sobre a passagem
Era que cada momento passaria
Agora vejo como aqueles respingos não são os mesmos
Penso se os sentimentos são os lembrados
Ou se a memória mais uma vez trai-me
Diante de seu desejo insaciável de ilusão
A cortina anuviada abranda-se
Sinto as lembranças mais amenas
Sinto os sentimentos mais frágeis
_Estou presa novamente.
Marina Cangussu F. Salomão
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