sexta-feira, 29 de abril de 2011

Herança

Deparo com meu corpo decrépito
Vazio de incentivo e cheio de interrogação
E se as mazelas do mundo se impõem
Apenas afirmo que não sei minha direção
Se pego nesta corda horrenda
É por medo da ausência de planos
E da assustadora ebulição de deveres.
O melhor seria mesmo findar toda contradição
São todos comigo: sem rumo e sem coragem
Cremos apenas na decúbito eterno de nossas almas
Em resposta à violência sofrida e ao amor gerado:
Terra. Terra. Profundo.
Eli, Eli, lama sabactâni?


Marina Cangussu F. Salomão

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