segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Nuvens

Da janela da casa se via, ao fundo, as montanhas se sobressaindo e limitando até onde se ia o olhar.
Junto a elas um céu encantado e com vida, que variegava em cores e intensidades, conforme o dia e as horas.
E às vezes rosa, amarelo, azul ou seco.
Poucas vezes com nuvens. 

Nunca se via nuvens naquele céu escaldado.

Mas naquela manhã, ele estava, no longe, com tantas nuvens querosas, que elas abraçavam toda a montanha. Com desejo, carinho e amor.
E de cá, nada se via de montanhas: só se via nuvens densas e graciosas.
E a barreira e o limitar de vistas de pedra: eram só nuvens ultrapassáveis, macias e úmidas.
Os obstáculos ficavam menores.


Marina Cangussu F. Salomão
Pai Pedro 01/2017

Nenhum comentário:

Postar um comentário