sexta-feira, 25 de março de 2011

Confessionário







Faz-se em tão pequenas delicadezas
Que temo tocar sua fragilidade
Penso quebrar toda sua perfeição de gelo
E tornar destroços sua pedante construção

Não que seja erro ou desprazer
Mas finge tão sorrateiramente
Que acredito na imagem que vejo
E como toda sucumbante ideia, rendo-me

Submeto-me à sua irritante éfigie
E como tola escuto suas desafinadas palavras
Neste momento esqueço da continuidade
Apenas seu vulto fugaz contorna minha mente


Marina Cangussu F. Salomão

*O poema não se relaciona com o filme referido no vídeo, extrai-se dele apenas a música.

Nenhum comentário:

Postar um comentário