domingo, 23 de agosto de 2015

Preenchimentos

Sou triste todos os dias
Melancólica 
E me derreto, melada
(Como se exposta ao sol toda pelada)
Exagerando minha perda e sofrimento
Criando confusões aqui dentro, engarrafamento.

Tiraram você de mim
E não foi morte, suicídio ou assassinato
Foi apenas fácil, escolha, um contrato
Mas morro como se estivesse de luto
E gostaria que o mundo se voltasse para minha dor
E que meu choro resolvesse a distância desse amor.

Não me diga para diminuir o drama
Eu sou exagero e gosto de excessos
Nasci com o ato dentro de mim.
E estou pedinte, mendigando
Peço poemas ou canções 
Mas nada sai de meu tamborim

Perdi o ritmo no desastre de meu exagero
E meu sorriso deixou de ser pleno
E meu choro agora é ligeiro.
Ah Marina! O que faço contigo e com seu vazio
Que você insiste em preencher com loucuras de sentimentos
E no final você vive assim: com arrependimentos.

Marina Cangussu F. Salomão

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