quarta-feira, 14 de março de 2012

Fim da tarde

Você era como aquele céu de fim de tarde
Em que se troca dia por noite
Um tanto amarelo marrom
Um tanto de azul salpicado de poucas estrelas
E me lembrava de sua duplicidade paradoxa:
Quente e harmônico.
Pois eu o adorava no cheiro morno
De seu suor excedente de hormônios
E a textura rude se sua pele molhada,
Unidos aos sus poucos grunhidos reprimidos
Na tentativa de conter tanto
Com sopros bem pensados
Em tanta carne de cumplicidade e cuidado
Tão doce e carinhoso som
Me causando ardores e me aquecendo
Não sei se de prazer ou ternura.


Marina Cangussu F. Salomão

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