E eles se encharcam todos os dias
Na lama que ele traz
E rodeiam seu leito
Com o cheiro repulgente.
Os outros pés se afastam e se negam.
Mas não lhes resta outro passo
Se não rodear.
Talvez deitem na areia
E divirtam-se
Colorindo símbolos pelo corpo
Para lembrarem do que não ficou.
Ou se lavam na água ainda corrente,
À procura do domínio dos próprios pés.
Mas sempre volta a lama.
Marina Cangussu F. Salomão
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