sábado, 30 de junho de 2012

Teu peso

Confesso que tuas palavras me pesam
E consomem desde infância
A beleza que me abria
Fechava-me entre as paredes
Punha secreta e calada
Cabeça baixa, fechada entre livros
Punha-me longe do resto
De tão dura ser eu
Em tuas descrições
Cansei de teus moldes e verdades 
Que me engoliram por entre os passos
E não me permitiram rastros
Nem saber como vim
Apenas percebi que escondi meus treitos
E cheguei onde serei livre.


Marina Cangussu F. Salomão

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