terça-feira, 17 de maio de 2011

Formigas relutantes

Neste momento em que já não fluo em sua presença
Sinto-te vago em mim
E nada retumbe ou dilacera
Pelo contrário, volto a notar as formigas.
Não que seja etéreo, mas também pouco relutante
Não precipita-me tua ausência
Ou a memória de suas palavras
Perdoe-me a sensatez realizada na frialdade
Talvez as formigas clamem melhor por meu olhar.


Marina Cangussu F. Salomão

Um comentário:

  1. Problema insolúvel # 1 Magistério de Sensações
    Hoje comprei um bolo de chocolate que acabara de assar, sentei-me para comê-lo, olhei pela janela e levantei-me. Sentei-me de novo no jardim, regelado pelo início do inverno. Não sei mais se o bolo era de chocolate ou se de chocolate e quente descendo pelo esôfago envolto em friagem que fustiga o pescoço... Foi o sentimento mais genuíno de todo o dia.
    Amanhã fará sol e como ficam as minhas vísceras?

    ResponderExcluir