Ignavos por entre calçadas
Sem a mesma pressa
Dos que trombavam
Íamos sem história
Um tanto supérfluos
Pelas esquinas que preferíamos
Já em ignomínia
Não importavam o que pensavam
Ou mesmo seus planos belicosos
Importava apenas
Nosso malabar por entre
A gente e só
Na fuga calma e vagarosa
De mãos dadas
Sendo nosso único medo
Desprendê-las
E vê-as livres com rumos
Independentes e fartos
Mas sem objetivo pleno
Como o que movia
Nossos curtos passos
Pelas calçadas
Que não carregavam
Fardos dos passantes
Mas o próprio peso
De sua felicidade restrita.
Marina Cangussu F. Salomão
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