Saberia do fim que nos espera e espera a todos os que passam
Levam-nos sorrateiros para seus cantos sem romanceiros
Se tua boca não me pedisse tanto um beijo
Desesperançaria-me no desenlace de meus sonhos forasteiros
E não pediria tão sedenta a fuga por entre as matas
Óh doce natureza que me envolve
Proteja-me da desilusão daqueles olhos
Que laçam-me em nós
E nunca desprendem-me e nunca debato
Faço-o apenas nos humildes momentos
Que me entrego ao primeiro ato
Da casta encenação de meus tormentos
E jubilosos sentimentos segura naquela boca.
Mas se teus olhos brilhassem menos ao meu encontro
Subiria no mais alto verde que me protege
E faleceria de horror à alta soledade
E se tua boca não me pedisse tanto um beijo
Não sobreviveria à fogueira dos hereges
Pronta abaixo de meu despenhadeiro
Marina Cangussu F. Salomão
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