terça-feira, 21 de agosto de 2012

Sono lento

A face de meus sonhos
Desenhava-se sonolenta
No perigo do silente quarto.

E quanta contemplação
Nos meus poucos segundos!
Quanta perfeição
Nos contornos idealizados!

Revoluteando em vê-lo
No pequeno desespero de tocá-lo
Tocando toda umidade suada
Dos cabelos e de outros pelos
Derretendo na eterna maciez.

E era tanto e tão plácido o carinho,
O sutil delinear de dedos
Pela face até o queixo,
Deixando-os no aquecido
E esquecido sono contigo.

Marina Cangussu F. Salomão

Nenhum comentário:

Postar um comentário