Que podes ouvir todos os sons do mundo
Falando de todas as formas ao teu ouvido
Deitado vagaroso na sombra da vazia árvore de outono.
E vês nos olhos fechados todos os passos que te passam
O vento nas folhas e quantos rodopios deram para chegar ao chão
E quantos deram por sobre ele
Sentes a doce e delicada raridade a borboleta
Pousando no mais feio dedo de teu pé
E vês com olhos bem abertos o menino humilhado
As meninas coloridas e os que não se importam
Vês a todos a poucos deles te veem
Mas basta-te as borboletas e as formigas.
Marina Cangussu F. Salomão
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