segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Minha idade

Tenho a idade da alma
Que leve rodopia
No sopro de ventos
E se deixa ir indo
Inocentemente
Em sua pouca forma
Aonde lhe cabe ir
Entre músicas e cantos
Nas vozes e nos discursos

Tenho a idade do som
Que mexe o vento
Em esmagadores
E soltos
E estou em sua rarefação
Sendo ar pouco
E com espaço
E me expando
Onde tiver que crescer

Tenho a idade de uma ave
Que descobriu que voa
E se joga lentamente
Em qualquer possibilidade
De vou e vai voando
Linda todo seu céu


Marina Cangussu F. Salomão

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